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Na última terça-feira (16), cientistas de Georgetown (Guiana) conseguiram reverter a amnésia de roedores. O estudo, publicado no periódico The Journal of Neuroscience, permitiu descobrir que a amnésia gerada após um traumatismo acontece por causa da reativação inadequada dos neurônios envolvidos na formação de memórias.
Segundo o artigo, essa perda de memória não é um evento patológico permanente causado por uma doença neurodegenerativa, e a ideia foi inclusive descobrir como reverter a amnésia para permitir que os ratos recuperassem a memória perdida, possibilitando que o comprometimento cognitivo causado pelo impacto na cabeça fosse clinicamente revertido.
Os cientistas defendem que o cérebro se adapta a repetidos impactos na cabeça, alterando o funcionamento das sinapses funcionam — o que pode causar problemas na formação de novas memórias e nas memórias já existentes.
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No estudo, os pesquisadores conseguiram fazer com que os ratos se lembrassem de memórias esquecidas devido a impactos na cabeça. Para chegar a isso, os cientistas deram a dois grupos de roedores uma nova memória, treinando-os num teste que nunca tinham visto antes.
Um grupo foi exposto a uma alta frequência de impactos leves na cabeça durante uma semana e o outro grupo (controle) não recebeu os impactos. Os ratos impactados não conseguiram recuperar a nova memória uma semana depois.
Neurônios e amnésia
Os pesquisadores também analisaram os neurônios envolvidos na aprendizagem de novas memórias, e descobriram que estavam igualmente presentes tanto nos roedores do grupo controle como nos que sofreram os impactos na cabeça.
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Os pesquisadores conseguiram reverter a amnésia para permitir que os ratos se lembrassem da memória perdida usando lasers para ativar as células específicas desses neurônios.
A equipe reconhece que por enquanto não é possível utilizar a técnica em humanos, mas que atualmente estuda uma série de técnicas não invasivas para tentar comunicar ao cérebro que ele não está mais em perigo e tentar redefinir o cérebro ao seu estado anterior. Recentemente, pesquisadores descobriram que as primeiras memórias de vida ainda ficam em algum lugar do cérebro.
Fonte: The Journal of Neuroscience
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