Em “Ferrari”, Michael Mann tem direção sólida sem pisar no acelerador

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A bela cinebiografia sobre o ex-piloto de corrida que virou empresário Enzo Ferrari, tem narrativa lenta e contida

Mais uma cinebiografia chegando aos cinemas nesta quinta-feira (22), não é atoa que o gênero ganhou de vez os olhares de Hollywood que exploram todos os ângulos possíveis para contar histórias de artistas, marcas, empresários e atletas. 

Com direção de Michael Mann, “Ferrari”, conta a história do ex-piloto que virou empresário Enzo Ferrari e ao lado da esposa criou uma das maiores jóias da Itália. A empresa Ferrari, uma das líderes na construção de carros e nas corridas de automobilismo. O longa protagonizado por Adam Driver, Penélope Cruz, Shailene Woodley, ainda conta com o brasileiro Gabriel Leone, no papel do piloto de origem espanhola Alfonso de Portago.

Foto: Divulgação/Diamond Films

A trama é ambientada no verão de 1957 e nele o ex-piloto de corridas Enzo Ferrari está em crise. A falência persegue a empresa que ele e sua esposa, Laura, construíram há dez anos. Seu casamento é conflitante devido ao luto enfrentado por um filho e o reconhecimento de outro. Ele decide então contrariar tudo e apostar numa corrida de mil milhas pela Itália, a conhecida Mille Miglia.

Michael Mann, entrega um bom resultado, ele dificilmente pisa fundo em sua direção, buscando mostrar um lado mais severo. O longa contém algumas cenas de corridas impressionantes, visto que na época retratada na produção a segurança dos pilotos era quase inexistente. Os momentos de ápice ficam restritos para os cortes trágicos como uma morte logo no início ou um acidente grotesco envolvendo dois pilotos e alguns espectadores, incluindo cinco crianças.

Foto: Divulgação/Diamond Films

Mann recria com uso de CGI (que deixa a desejar), uma cena profundamente aterrorizante para a história de Enzo Ferrari, mas escolhe reproduzir poucos minutos antes do fim, não deixando espaço para qualquer absolvição ou inutilidade da tragédia. 

Um dos vários pontos positivos da nova aposta do cineasta é justamente escolher, fugir das típicas cinebiografias com infância, juventude, altos e baixos. E focar em um recorte que caminha de maneira linear, mas deixa brechas para compreensão dos personagens muito bem escritos e dos passados dos mesmos, utilizando dos flashbacks para aumentar o argumento.

Foto: Divulgação/Diamond Films

Todos os personagens da trama são bem desenvolvidos, suas personalidades ficam claras assim que entram em cena. Adam Driver tem uma atuação sublime, seu Enzo é um homem obsessivo, não por dinheiro ou fama, mas pelo seu nome, sua marca e a grandiosidade que carrega com o poder de escolher quem o representa. 


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Penélope Cruz no papel de Laura, esposa e sócia de Ferrari, é uma mulher ousada, amarga e rancorosa. Sua atuação é apaixonante e visceral. Shailene Woodley tem o papel mais ingrato do filme, não tem muito para mostrar o seu desempenho.

Foto: Divulgação/Diamond Films

Gabriel Leone, na pele do piloto de origem espanhola Alfonso de Portago, mostra que está pronto para voos maiores em sua carreira. O ator brasileiro dá um show de atuação e seu personagem tem um grande destaque e importância para a narrativa. 

Conclusão

Michael Mann é um diretor extremamente contido, isso não muda em “Ferrari”, ele explora com excesso o uso dos close-ups. Mas surpreende nas cenas de tragédias e nos diálogos de culpa e arrependimentos. O longa é uma boa aposta sem dúvida nenhuma. 

Confira o trailer: 


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Ficha Técnica
Direção: Michael Mann;
Roteiro: Troy Kennedy Martin, Brock Yates;
Elenco: Adam Driver, Penélope Cruz, Shailene Woodley, Gabriel Leone;
Gênero: Biografia;
Duração: 130 minutos;
Distribuição: Diamond Films;
Classificação indicativa: 16 anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço Z

 


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