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Manifestantes se reuniram na Secretaria do Trabalho e outros órgãos do governo; houve confronto com a polícia
Integrantes de um sindicato de funcionários públicos na Argentina realizaram manifestações nesta 4ª feira (3.abr.2024) contra as demissões no setor. Segundo a ATE (sigla em espanhol para Diretoria Nacional da Associação de Trabalhadores do Estado), o governo de Javier Milei dispensou mais de 11.000 pessoas de órgãos federais.
Os manifestantes se reuniram em prédios da Secretaria do Trabalho, do Inadi (Instituto Nacional contra a Discriminação, Xenofobia e Racismo) e da Anses (Administração Nacional da Previdência Social). Polícias federais cercaram os locais.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que os funcionários e integrantes do sindicato entraram em confronto com a polícia ao tentarem entrar na secretaria e no instituto nacional.
Assista (2min57s):
Outro registro divulgado nas redes sociais mostra diversas pessoas do lado de fora de uma sede da Anses. Segundo o Clarín, o local estava fechado porque uma assembleia sobre as demissões estava sendo realizada. O registro foi compartilhado por Milei no X (ex-Twitter).
Los munipas de ANSES armaron una asamblea contra despidos y dejaron a los jubilados abajo de la lluvia. Siguen haciendo campaña a favor de Milei y no se dan cuenta. pic.twitter.com/w1DdoMRoyB
— Pregonero (@PregoneroL) April 3, 2024
Em sua conta no X, a ATE criticou a presença das autoridades argentinas nas sedes federais. “O dia começa e já vemos as forças de segurança mais ocupadas com a intimidação dos trabalhadores do que com suas próprias funções, como o combate ao tráfico de drogas”, disse o sindicato.
Também em publicação na rede social, o secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar, divulgou vídeo mostrando diversos policiais enfileirados e segurando escudos.
“Eles [governo argentino] estão enchendo as repartições públicas de policiais. Não há dinheiro para comprar comida, não há dinheiro para comprar remédios, mas há dinheiro para reprimir”, disse.
AHORA!!
MUY GRAVEEstán llenando de policías las dependencias públicas. No hay plata para comprar comida, no hay plata para comprar remedios, pero si hay plata para reprimir.
Pusieron de secretario de trabajo a un gerente de recursos humanos de uno de los grupos económicos más… pic.twitter.com/kncQazBBhE— Rodolfo Aguiar (@rodoaguiar) April 3, 2024
Segundo o La Nación, a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, instituiu uma operação especial para que as forças de segurança impedissem a entrada de manifestantes nos prédios federais.
GOVERNO CONFIRMA DEMISSÕES
O porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, afirmou a jornalistas nesta 4ª feira (3.abr) que cerca de 15.000 contratos públicos não foram renovados.
“Temos falado sobre isso repetidamente, não há muito mais a dizer, é parte do trabalho que estamos fazendo para reduzir o Estado. Funcionários que não são necessários, que não continuam a receber uma renda do Estado”, disse.
GREVE NA EDUCAÇÃO
A Ctera (Confederação de Trabalhadores da Educação da República Argentina) convocou uma greve nacional de docentes para 5ª feira (4.abr). Dentre as reivindicações estão a restituição do piso salarial, investimento em programas educacionais e aumento dos salários de professores.
Segundo comunicado, o sindicato também lançará uma “campanha de assinaturas, exigindo que o Governo Nacional garanta a Educação Pública em todo o país”.
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