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O mercado de Fusões e Aquisições (M&As) no Brasil para 2024 será marcado por mudanças e oportunidades significativas. Neste contexto, o ambiente econômico brasileiro desempenha um papel fundamental. Projeções indicam uma contínua estabilização e recuperação (como a inflação atingindo a meta em 2023 e a redução da taxa de juros em dezembro), o que poderá aumentar a confiança dos investidores.
As políticas governamentais em relação a investimentos estrangeiros e regulamentações de mercado também serão cruciais para influenciar o clima de negócios. O Brasil vai se destacando internacionalmente após assumir a presidência do G20 e o Startup20, grupo de trabalho específico das startups da cúpula, discutirá temas essenciais para o mercado nacional e global.
Diferentes setores podem assumir protagonismo em 2024. O crescente interesse por tecnologia persistirá, enquanto novas áreas, como biotecnologia e energias alternativas, podem emergir como alvos atrativos. A sustentabilidade e a inovação permanecerão como pontos-chave para investidores, refletindo uma busca por empresas alinhadas com as demandas do mercado.
Porém, precisamos olhar as startups que nasceram na bolha de 2019 a 2022, que estão em fases de crescimento ou escala, enfrentando dificuldades de captação de novas rodadas. Com um menor valuation, elas se tornam mais atrativas, principalmente as fintechs, retailtechs e edtechs. Já as startups focadas em health e agro exigem um desafio maior, pois a faixa de validações são mais complexas e envolvem outros ativos como a parte de hardware e software.
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Outro ponto importante está na atenção crescente para os princípios ESG. Empresas que adotam práticas ambientalmente sustentáveis, têm responsabilidade social e que mantêm boas práticas de governanças corporativas, se tornarão alvos mais atraentes. A integração desses critérios nas transações reflete uma mudança mais ampla na conscientização e valores no ambiente empresarial, algo que para muitas startups disponíveis no mercado ainda é um desafio.
Já o mercado internacional, que não possui uma base no país, ainda caminha lento com o olhar de M&A de startups brasileiras, por não conhecerem o mercado local profundamente. A colaboração com empresas estrangeiras, com apoio das embaixadas e consulados, podem oferecer acesso a novos mercados, tecnologias e recursos. Isso ajuda a impulsionar a competitividade global das organizações brasileiras, como exemplo a Associação de Empreendedores Latino-Americanos (ASELA), de múltiplos mercados e que querem começar a entender sobre o mercado brasileiro para geração de negócios.
Embora as expectativas sejam otimistas, os desafios sempre aparecerão. Aprendemos muitas lições durante estes períodos de pandemia, pós-pandemia, e alterações na geografia econômica do planeta. Portanto, as empresas envolvidas em M&A precisarão adotar estratégias flexíveis para lidar com essas questões, como todas as organizações precisaram se adaptar rapidamente a grandes mudanças.
Mariane Takahashi é CEO da Associação Brasileira de Startups (Abstartups)
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