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O GPS costuma ser associado à navegação via satélite por ser a tecnologia mais antiga do segmento, mas não é a única opção disponível: nomes como GLONASS, Galileo e BeiDou também fazem parte desse segmento e oferecem soluções de localização em tempo real em todo o mundo.
Todos os nomes mencionados são, na verdade, um modelo de GNSS, ou “Global Navigation Satellite System” (“Sistema Global de Navegação por satélite”, em tradução livre). A maioria deles possui origem militar e os exemplos mais antigos surgiram durante a Guerra Fria, mas posteriormente foram disponibilizados ao uso civil.
Como funciona um GNSS?
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O GNSS é uma categoria que abrange todos os nomes mencionados: normalmente, um sistema do tipo opera com uma constelação de pelo menos 24 satélites que orbitam a Terra e constantemente emitem sinais aos receptores. Os dispositivos em seguida fazem um processo chamado triangulação, no qual recebem os sinais de três emissores diferentes e calculam a posição exata com base no tempo em que cada um deles demorou para chegar.
O uso mais comum do GNSS está na navegação em tempo real em celulares, mas o serviço é amplamente usado por órgãos militares e setores como agricultura, cartografia, transporte público, topografia e controle de tráfego.
O que significa cada serviço?
Entenda o significado de cada sigla e o respectivo país de origem:
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GPS
Sigla para Global Positioning System (“Sistema de Posicionamento Global”, em tradução livre), o GPS é o sistema mais popular do mundo, desenvolvido pelos Estados Unidos. O serviço herdou a tecnologia do Navstar GPS, criado pelo exército do país norte-americano em 1978 e foi liberado ao público sem restrições no ano 2000.
A constelação conta com um total de 32 satélites operacionais, sendo que 24 deles são ativos na cobertura global. O GPS é muito usado por empresas dos EUA, como é o caso do Google com o Maps, e por isso é um nome famoso para a navegação, principalmente no Brasil.
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GLONASS
Abreviação para Sistema Global de Navegação por Satélite, o GLONASS é o sistema de navegação desenvolvido pela Rússia. Os primeiros passos da construção foram dados durante a extinta União Soviética, mas o projeto foi retomado e concluído apenas na década de 2000, durante a administração de Vladimir Putin no governo russo.
O GLONASS possui uma constelação de 24 satélites operacionais com cobertura global desde 2011. Trata-se de um dos sistemas GNSS mais antigos do mundo, com primeiro satélite lançado em 1986, possui estações de medição no Brasil e pode ser usado em alguns dispositivos da marca Garmin.
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Galileo
O Galileo é uma opção mais recente, desenvolvido pela Agência Especial Europeia (ESA), da União Europeia, e operado pela Agência da União Europeia para o Programa Espacial (EUSPA) voltado ao uso civil. O sistema é voltado ao uso civil e teve os primeiros satélites foram lançados em 2011 — o projeto lançou o serviço de alta precisão para testes em janeiro de 2023, com previsão para operar normalmente em 2024.
O sistema da União Europeia conta com 30 satélites, e seis deles atuam de reserva aos 24 emissores ativos.
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BeiDou
O BeiDou (antigamente chamado de Compass) é a opção mais nova da lista e com mais satélites disponíveis na lista. Desenvolvido pela China, o sistema possui uma constelação total de 35 satélites.
O projeto começou a ser operado em 2011, com cobertura local, e especialistas da área de Posicionamento, Navegação e Cronometragem (PNT) já apontam que a tecnologia pode ser mais avançada do que o GPS para retratar locais com precisão e velocidade.
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Quais as diferenças?
As principais tecnologias de GNSS operam de forma parecida, com uso militar e civil (apenas o Galileo foi inteiramente projetado para uso civil). As principais diferenças entre cada um envolvem o país de origem e a quantidade de satélites disponíveis — veja o comparativo:
Sistema | País ou bloco responsável | Quantidade de satélites | Tipo de cobertura | Precisão | Altitude dos satélites |
GPS | Estados Unidos | 32 (24 operacionais) | Global desde 1995 | De 30 cm a 0,5 m | Aproximadamente 20.200 km |
GLONASS | Rússia | 26 (24 operacionais) | Global desde 2011 | De 2,8m a 7,8m | Aproximadamente 19.100 km |
Galileo | União Europeia | 30 (24 operacionais) | Global desde 2023 | Até 20cm no serviço de alta precisão | Aproximadamente 23.200 km |
BeiDou | China | 35 (24 operacionais) | Global desde 2020 | 3,6m na versão global e 10cm na versão criptografada | Aproximadamente 21.150 km |
É possível escolher qual sistema usar?
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Normalmente, o GNSS usado depende da região em que a pessoa está e da ferramenta usada, então não existem muitas alternativas para escolher um serviço específico. No entanto, alguns dispositivos permitem integrar os dados de GPS e GLONASS, como é o caso de alguns relógios da Garmin: a empresa explica que a combinação de ambos os sistemas pode gerar resultados até 20% mais precisos.
App mostra os satélites mais próximos
Caso você tenha curiosidade de descobrir quais são os satélites mais próximos de sua região, é possível baixar o aplicativo GPS Test (Android).
A interface não é tão intuitiva assim, mas o app oferece comandos para descobrir a hora com precisão com base nas informações de GNSS e ver um mapa com os satélites operantes na região.
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Durante um breve teste no estado de São Paulo, foi possível notar a presença predominante de satélites GPS, seguidos de GLONASS, Galileo e BeiDou. O aplicativo ainda permite verificar a presença de emissores do QZSS (sistema de satélites do Japão)
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