10 mulheres que fizeram história no desenvolvimento da Internet

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A história da internet e da computação passa pelo trabalho importante de diversas mulheres ao longo das décadas, com contribuições que surgem desde o século 19. Apesar de o meio ser frequentemente associado a uma maior presença masculina, a atuação feminina foi determinante para a construção da web como vemos hoje, com uma série de avanços em programação, segurança e distribuição das redes.

Mulheres marcantes no desenvolvimento da internet

O Canaltech preparou uma lista com algumas das principais mulheres responsáveis pela formação da internet — veja os nomes:

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1. Ada Lovelace

Ada Lovelace pode ser considerada a primeira programadora da história e atingiu esse posto numa época em que os computadores pessoais sequer eram uma realidade. A inglesa desenvolveu o primeiro algoritmo capaz de ser processado por uma máquina, com a máquina analítica de Babbage, ainda no século XIX.

Seu impacto foi tamanho para a programação que foi criado o Ada Lovelace Day para celebrar anualmente a contribuição de mulheres na ciência. Desde 2009, o dia é comemorado na segunda terça-feira do mês de outubro.

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2. Grace Hopper

A norte-americana Grace Hopper é uma das figuras mais importantes da história da computação. Ex-integrante da Marinha dos EUA, ela desenvolveu a linguagem de programação Flow-Matic, que posteriormente serviu de base para a linguagem COBOL (usada até hoje no processamento de dados). 

Além disso, participou ativamente do desenvolvimento do UNIVAC I, o primeiro computador pessoal fabricado e vendido no país. Hopper também é creditada pela criadora do termo “bug”, quando notou um problema no computador, abriu a máquina e atribuiu a causa a um inseto morto.

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3. Hedy Lamarr

A história de Hedy Lamarr parece até um roteiro de filme, mas é completamente real: fugiu de um casamento abusivo na Áustria durante a Segunda Guerra Mundial e foi para os EUA, se tornou atriz de Hollywood, protagonizou a primeira cena de orgasmo do cinema do país norte-americano e ainda foi responsável por desenvolver uma tecnologia de comunicações que serviu como base para outros sistemas sem fio, como Wi-Fi e Bluetooth.

Lamarr e o compositor George Antheil desenvolveram um aparelho de salto de frequência que poderia despistar radares nazistas. O governo dos EUA recusou o projeto durante a Segunda Guerra, mas passou a usá-lo após o fim da patente. Posteriormente, a tecnologia foi usada no desenvolvimento de telefonia celular, Wi-Fi, distribuição de GPS e outros sistemas wireless.

Os feitos de Hedy Lamarr foram homenageados por um Doodle do Google no ano de 2015, quando a inventora e atriz completaria seu aniversário de 101 anos, se estivesse viva.

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4. Jean Armour Polly

A norte-americana Jean Armour Polly é uma personalidade atuante na democratização da internet. Em 1981, quando trabalhava na Biblioteca Pública de Liverpool, no estado de Nova Iorque, EUA, ela liberou o acesso gratuito aos computadores por lá, quebrando uma grande barreira de acesso à tecnologia. 

Armour Polly fundou o PUBLIB, um espaço para discussões sobre bibliotecas públicas online, e foi uma das primeiras teóricas sobre como usar a internet — ela, inclusive, cunhou o termo “surfar na web” em 1992. A profissional faz parte do Hall da Fama da Internet, um reconhecimento criado pela Internet Society para valorizar as pessoas mais importantes no desenvolvimento e distribuição da web.

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5. Ida Holz

A uruguaia Ida Holz é uma das principais responsáveis pela chegada da internet à América Latina. Ela participou ativamente da criação do Fórum Latino-Americano de Rede e também coordenou serviços de computação na Universidade da República do Uruguai, quando liderou um projeto para instalar o primeiro nodo de internet do país e criou o domínio .uy, usado nos sites da região.

Holz foi a primeira mulher latino-americana introduzida ao Hall da Fama da Internet.

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6. Liane Tarouco

O Hall da Fama da Internet também tem a presença de uma brasileira: Liane Tarouco. Nascida em Cerro Largo, no Rio Grande do Sul, Tarouco foi pioneira na chegada da internet ao Brasil: escreveu o primeiro livro sobre redes de computadores no país, em 1977, e atuou no planejamento da Rede Sul de Teleprocessamento (RST), o primeiro projeto voltado para interligar universidades por uma rede de computadores no país, mas que não se tornou uma realidade pelos custos operacionais.

Tarouco participou da criação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, o primeiro backbone de internet do Brasil que conectou múltiplos estados, lançado em 1992. Além disso, contribuiu para o desenvolvimento da web em outros países da América Latina e da África.

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7. Elizabeth Feinler

A cientista norte-americana Elizabeth Feinler liderou o Network Information Center (“Centro de Informações da Rede”, em tradução livre), ou NIC, do ARPANET — uma espécie de protótipo para transmissão de dados nos EUA que posteriormente virou a internet. Ela foi responsável por criar um manual com listas de servidores de páginas brancas (para identificar pessoas) e páginas amarelas (para identificar serviços).

Já com a internet consolidada e o uso de DNS para identificar servidores, o NIC atuou na criação de domínios famosos e usados até hoje, como .com, .gov, .org e .edu. O trabalho de Feinler é reconhecido pelo Hall da Fama da Internet.

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8. Yvonne Marie Andrés

Yvonne Marie Andrés foi protagonista na área de educação na internet no final do século XX e começo do século XIX. A educadora norte-americana fundou a organização Global Schoolnet em 1984 com o objetivo de facilitar projetos educativos, e criou a Global Schoolhouse em 1992 para conectar pesquisadores, cientistas e autores no compartilhamento de projetos.

Ela ainda contribuiu no projeto que permitiu a primeira transmissão ao vivo de um programa de TV na internet, com o World News Now, da emissora ABC, em 1995. Além da presença no Hall da Fama da Internet, também foi nomeada uma das 25 pessoas mais influentes do mundo em educação tecnológica no ano de 2000.

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9. Mitchell Baker

Mitchell Baker tem um papel importantíssimo na distribuição de conteúdos de código aberto e na navegação da internet como conhecemos hoje. Ela foi uma das criadoras do projeto Mozilla e atuou por anos como CEO da Mozilla Corporation, responsável por desenvolver o navegador Mozilla Firefox e outras ferramentas open source.

Vale lembrar que o Firefox foi uma importante alternativa no mercado de navegadores no começo dos anos 2000, dominado por Internet Explorer no Windows e Safari no macOS, e continua relevante até hoje. Baker deixou o cargo de CEO em fevereiro deste ano, mas ainda atua como chefe da Mozilla Foundation e agora mantém o foco em IA e segurança na web. Ela também faz aprte do Hall da Fama da Internet.

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10. Dorcas Muthoni

A cientista da computação queniana Dorcas Muthani tem um papel muito importante no uso da internet na África. Ela é CEO e fundadora da OPENWORLD, empresa que desenvolve aplicações na web e na nuvem usadas em sistemas governamentais de países do continente — estima-se que 54 Estados que integram a União Africana usam o serviço.

Além disso, Muthoni fundou a organização AfChix, com o objetivo de capacitar mulheres na área da computação no continente e foi indicada oa Hall da Fama da Internet.

Encontre mais inspiração

Neste Dia Internacional da Mulher, você também pode buscar inspiração em outras figuras femininas importantes com alguns filmes baseados em histórias de mulheres reais. Além disso, pode conferir a homenagem feita pelo Google na data.

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