Blocos tradicionais mantêm o Carnaval de rua há mais de 40 anos

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Este ano, o festejo no Distrito Federal tem a missão de consolidar a retomada iniciada no ano passado após a pandemia da covid-19

Há mais de duas décadas, o Carnaval de rua nasceu em Brasília influenciado pelos moradores da capital que vieram de estados tradicionais da folia, como Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Ao longo deste período, a festa do Momo passou por diversos momentos. Este ano, o festejo no Distrito Federal tem a missão de consolidar a retomada iniciada no ano passado após a pandemia da covid-19. E esse resgate, claro, passa pelos blocos pioneiros que se revezarão pelas ruas nos quatro dias de feriado fomentados por mais de R$ 6 milhões investidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF).

“Brasília chegou a figurar entre os principais carnavais do Brasil antes da pandemia. Então, a nossa expectativa é voltar a esse patamar de antes”, revela o presidente do Pacotão, Marcelo da Silva, que assumiu o cargo depois da morte do pai, Jota Pingo, em 2021. Para este ano, o bloco prepara mais um desfile irreverente com marchinhas com temáticas políticas.

O grupo sai às ruas na terça-feira (13). A concentração será a partir das 13h na 302/303 Norte. Já o trio inicia o percurso por volta das 15h30 em direção à 502 Sul – duas quadras a menos do que antigamente – pela W3 na contramão. “Fazer o Pacotão não é muito difícil, porque todo ano tem muito conteúdo político. Letra de música não falta. Também não falta a animação do público. É um bloco com muita família, crianças, idosos. Fazemos uma bagunça organizada”, defende.

Outro pioneiro do Carnaval de rua de Brasília é a Baratona, que surgiu no mesmo ano que o Pacotão, em 1978. Marcado pelo axé, o grupo estará nas ruas na segunda-feira (12), das 13h às 20h30, no Estacionamento 12 do Parque da Cidade. No mesmo local que no dia anterior, domingo (11), das 13h às 20h30, o bloco Baratinha comanda o agito infantil ao som de axé, frevo e marchinha.

A área central ainda conta com outros dois blocos pioneiros. São eles, o Galinho de Brasília e o Raparigueiros, que integram a folia candanga desde 1992. É ao som do frevo que o Galinho, inspirado no Galo da Madrugada, anima os foliões. Este ano, o bloco se apresenta no sábado (10), das 14h às 22h, no estacionamento da Caixa Econômica, no Setor de Autarquias Sul. Já o axé embala aqueles que seguirão o trio do Raparigueiros no domingo (11), das 15h às 22h, no Setor Bancário Norte.

Folia descentralizada

Logo após a criação dos blocos de rua no centro da capital federal, os moradores das regiões administrativas sentiram a necessidade de levar a folia para as próprias cidades. Assim nasceram blocos em Taguatinga e em Ceilândia que são pioneiros na folia descentralizada.

O primeiro a surgir foi o Àsé Dúdú em 1987 tendo a cultura afro como o principal norte. “Nasceu do desejo de pessoas do movimento negro, que participavam do Pacotão, de se criar um bloco afro, pois os mesmos não se sentiam representados no Carnaval da capital federal”, conta a maestrina e presidente do Àsé Dúdú, Elizabete Cinta. O nome do grupo significa “força negra” em yorubá.


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Logo após a criação dos blocos de rua no centro da capital federal, os moradores das regiões administrativas sentiram a necessidade de levar a folia para as próprias cidades. Assim nasceram blocos em Taguatinga e em Ceilândia que são pioneiros na folia descentralizada.

O primeiro a surgir foi o Àsé Dúdú em 1987 tendo a cultura afro como o principal norte. “Nasceu do desejo de pessoas do movimento negro, que participavam do Pacotão, de se criar um bloco afro, pois os mesmos não se sentiam representados no Carnaval da capital federal”, conta a maestrina e presidente do Àsé Dúdú, Elizabete Cinta. O nome do grupo significa “força negra” em yorubá.

As informações são da Agência Brasília


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