[ad_1]
Discurso de Powell, crise na Tesla, produção de chips, petróleo em alta e intervenção do BC no câmbio estão entre os temas
Os principais índices futuros das ações dos Estados Unidos operavam perto da estabilidade antes da abertura das Bolsas em Nova York nesta 4ª feira (3.abr.2024).
Em Wall Street, a Tesla enfrenta turbulência causada por fracos números registrado no 1º trimestre de 2024. Já a Intel divulgou uma grande perda em sua unidade de fabricação de chips, enquanto, na Ásia, um forte terremoto em Taiwan pode atingir a produção de chips da TSMC.
Nesse cenário, a tendência é que os índices norte-americanos abram com ligeira queda, consolidando-se antes de declarações de autoridades do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), com destaque para o presidente Jerome Powell.
No Brasil, por causa da alta do dólar, o Banco Central realiza intervenção com contratos de swap.
1. Futuros norte-americanos se consolidam antes do discurso de Powell
Os futuros das ações dos EUA operavam perto da estabilidade nesta 4ª feira (3.abr), antes de uma série de manifestações de autoridades do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell.
Às 7h58 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava estável, o S&P 500 futuros recuava 0,12%, e o Nasdaq 100 futuros perdia 0,28%.
Os principais índices registraram uma sessão de perdas na 3ª feira (2.abr), com o Dow Jones Industrial Average caindo quase 400 pontos, ou 1%, o S&P 500 index, de base ampla, caindo 0,7% e o Nasdaq Composite, de alta tecnologia, caindo pouco menos de 1%.
O enfraquecimento aconteceu depois que foram anunciados dados instáveis de inflação referente à semana passada. A informação deixou os investidores preocupados com a possibilidade de o Federal Reserve adiar o corte das taxas de juros para o 2º semestre do ano.
No entanto, é provável que alguma consolidação também fosse necessária depois que o índice de referência S&P 500 registrou seu melhor 1º trimestre desde 2019.
Há mais dados econômicos para digerir na 3ª feira (2.abr), incluindo o relatório de folhas de pagamento privadas ADP e o índice de serviços ISM, mas os investidores provavelmente se concentrarão no que as autoridades monetárias do Fed têm a dizer, com destaque para Powell.
O presidente do banco central dos EUA afirmou na 6ª feira (29.mar) que os dados mais recentes da inflação do país estão “na linha do que gostaríamos de ver”. Os comentários ficaram em grande parte em linha com suas observações depois da reunião de política monetária do Fed no mês passado, que fez com que os mercados esperassem um corte nas taxas em junho.
2. Tempos difíceis à frente para a Tesla
A Tesla divulgou na 2ª feira (1º.abr) um relatório decepcionante sobre a produção e as entregas do 1º trimestre, provocando uma forte queda nas ações. A empresa revelou que as entregas caíram 8,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e cerca de 20% em relação ao 4º trimestre. Esse foi o 1º declínio anual da companhia desde o 2º trimestre de 2020, durante a pandemia.
As ações da Tesla caíram cerca de 5% na 2ª feira (1º.abr). O movimento segue a tendência recente, que viu as ações da empresa caírem mais de 30% até agora neste ano. Analistas da Wedbush descreveram o 1º trimestre como “um desastre absoluto que é difícil de explicar”.
A Wedbush considera este um momento crucial na história da Tesla para que Elon Musk reverta o desempenho negativo do 1º trimestre. Caso contrário, dias mais sombrios podem estar à frente, o que poderia prejudicar a narrativa de longo prazo da fabricante de carros elétricos.
A Tesla atribuiu o deficit a problemas de produção com o Modelo 3 Highland e em outras áreas, mas analistas da Bernstein argumentam que “a produção não era o problema – a demanda era”. Eles acreditam que as entregas provavelmente cairão novamente em relação ao ano anterior no 2º trimestre –e podem potencialmente cair no ano.
Os analistas da Wells Fargo concordaram, afirmando que “dado o fraco início do 1º trimestre, continuamos céticos quanto à possibilidade de crescimento das entregas em 2024 (ou 2025)”.
3. Terremoto pode impactar produção de chips; Intel divulga grande prejuízo
Taiwan foi atingida por um terremoto de magnitude 7,4 na 3ª feira (2.abr), o mais forte a atingir a ilha em pelo menos 25 anos, matando 9 pessoas e ferindo outras dezenas.
O desastre natural fez com que a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing) evacuasse algumas áreas da fábrica, o que pode anunciar atrasos na produção da maior fabricante de chips contratada do mundo.
A TSMC fornece chips a muitas empresas importantes, incluindo Apple, Nvidia e Qualcomm (NASDAQ:QCOM). Portanto, pode ser vista como um ponto de estrangulamento na cadeia de suprimentos global.
As ações da TSMC, que detém mais de 60% de participação na fabricação global de chips contratados e o monopólio de microprocessadores avançados, caíram 1,4% no início das negociações.
Embora quaisquer interrupções no fornecimento causadas pelo terremoto possam ser temporárias, elas podem ilustrar a importância da ilha, que a China considera como uma província, para a economia global.
Já as ações da Intel foram negociadas em forte baixa no pré-mercado, depois que a fabricante de chips divulgou, na 3ª feira (2.abr), perdas operacionais cada vez maiores em seu negócio de fabricação de semicondutores.
A Intel disse que a unidade de fundição teve perdas operacionais de US$ 7 bilhões em 2023 sobre vendas de US$ 18,9 bilhões, uma perda maior do que os US$ 5,2 bilhões em 2022 sobre US$ 27,5 bilhões em vendas.
Essa foi a 1ª vez que a Intel divulga os totais de receita apenas para seu negócio de fundição. “A Intel Foundry vai impulsionar um crescimento considerável dos lucros da Intel ao longo do tempo. 2024 é o ponto mais baixo para perdas operacionais de fundição”, disse o CEO Patrick Gelsinger em uma ligação com investidores na 3ª feira (2.abr). Segundo o executivo, a empresa espera, eventualmente, atingir o ponto de equilíbrio “no meio do caminho” entre este trimestre e o final de 2030.
4. Petróleo em alta
Os preços do petróleo subiam nesta 4ª feira (3.abr), com os investidores digerindo os sinais de redução dos estoques dos EUA e mais interrupções potenciais no fornecimento.
Às 7h58, os futuros do petróleo dos EUA eram negociados 0,70% mais altos, a US$ 85,75 por barril, enquanto o contrato do Brent subia 0,71%, para US$ 89,55 por barril.
Dados do Instituto Norte-americano do Petróleo, de 3ª feira (2.abr), indicaram que os estoques de petróleo bruto dos EUA diminuíram quase 2,3 milhões de barris na semana até 28 de março –mais do que as expectativas de uma redução de 2 milhões de barris.
Embora a leitura venha depois de um aumento desproporcional de 9,3 milhões de barris na semana anterior, essa é também a 3ª queda semanal nos estoques nas últimas 4 semanas. Os dados oficiais do site Administração de Informações sobre Energia devem ser divulgados mais tarde nesta sessão.
A OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e aliados realizarão uma reunião on-line de seu Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial no final da sessão, com a expectativa de que o grupo de produtores mantenha a produção inalterada.
Os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio –depois que o Irã prometeu retaliação contra Israel pelos ataques ao complexo da embaixada iraniana em Damasco– representaram a possibilidade de mais interrupções no fornecimento nessa região rica em petróleo, ajudando a commodity a subir para níveis vistos pela última vez no final de outubro.
5. Intervenção no câmbio brasileiro
Em meio à força da moeda americana com taxas dos Treasuries em níveis elevados, o Banco Central realizou a 1ª intervenção no câmbio sob o 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio da venda, na 3ª feira (2.abr), de todos os 20.000 contratos de swap cambial –16.000 deles com vencimento em 1º de abril de 2025 e 4.000 com prazo de 2 de janeiro de 2025. Os contratos foram ofertados em leilão de swap, que funciona como um hedge cambial, injetando no mercado o montante de cerca de US$ 1 bilhão.
O objetivo, de acordo com a autoridade monetária brasileira, é a “manutenção do funcionamento regular do mercado de câmbio”. Entre os motivos técnicos, além da piora na percepção de riscos de ingerências em empresas, estaria o impacto do resgate do título do Tesouro Nacional, que deve ocorrer em 15 de abril.
No último pregão do ano, em 28 de dezembro, o dólar estava cotado a R$4,85. Na 3ª feira (2.abr), fechou praticamente estável, a R$5,05, depois de uma elevação de 3,34% no 1º trimestre. Às 7h58 (de Brasília), o ETF EWZ recuava 0,06% no pré-mercado.
Com informações da Investing.
[ad_2]
Source link