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José Aníbal chama prefeito de “Ricardo Nunes Bolsonaro” e diz que emedebista escolheu um lado ao recusar vice tucano
O presidente do diretório paulista do PSDB, José Aníbal, disse que não apoiará a reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), por sua aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não vamos apoiar golpista. Desde o início de sua história, o PSDB é um partido que defende a democracia”, disse ao jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, Aníbal chamou o prefeito de “Ricardo Nunes Bolsonaro”.
Nunes tem o apoio de Bolsonaro e do PL para sua reeleição. O ex-presidente, inclusive, indicou um vice na chapa: o coronel aposentado e ex-comandante da Rota (Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar) Ricardo de Mello Araújo. O nome aguarda chancela de Nunes.
O presidente do PSDB-SP avaliou que o atual prefeito “escolheu um lado” ao recusar um vice tucano. Também citou que Nunes esteve no último ato de Bolsonaro, em 25 de fevereiro, na avenida Paulista.
Na 6ª feira (15.mar), Aníbal já havia comentado o conteúdo do depoimento do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes à PF (Polícia Federal). O militar afirmou que Bolsonaro apresentou, em reuniões com o núcleo do governo e das Forças Armadas depois do 2º turno das eleições de 2022, propostas de implementação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de defesa e estado de sítio para “reverter o processo eleitoral”.
“Mais uma confirmação de que Bolsonaro é um golpista que é ferozmente contrário à democracia, à liberdade de imprensa e de opinião, um aventureiro envolvido em várias situações de evidente corrupção”, escreveu Aníbal em post no X.
“Nossa posição de não ficar na coalizão política em que Bolsonaro é a figura chave e, até prova em contrário, vai indicar o vice, está totalmente em linha com nossas diretrizes fundadoras em que a democracia é um valor absoluto”, completou.
As eleições municipais serão realizadas em outubro de 2024. Segundo levantamento do Paraná Pesquisas divulgado na 3ª feira (19.mar), Nunes venceria seu principal opositor, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), no 2º turno. Num cenário de disputa direta entre os 2 políticos, o placar seria de 46% a 39,1% para o prefeito.
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