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Cientistas estão descobrindo os micróbios relacionados à decomposição dos corpos, o que poderá, no futuro, ajudar a ciência forense a determinar a hora da morte de uma pessoa com maior precisão baseado apenas em seus micróbios.
Publicada na última segunda-feira (12), uma pesquisa da Universidade do Tennessee tratou de posicionar 36 cadáveres humanos em três lugares diferentes durante as quatro estações do ano, distantes entre si geograficamente, mas todos nos Estados Unidos — mais especificamente, nos estados do Colorado, Tennessee e Texas.
Os micróbios da decomposição
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No experimento, pesquisadores coletaram amostras de DNA da pele dos cadáveres e do solo ao redor durante os primeiros 21 dias de decomposição, período no qual o processo é, em geral, rápido e dinâmico, onde os tecidos começam a se desfazer. Isso levou à descoberta de que os corpos, depois de mortos, mostram o mesmo perfil microbiano independente do clima, estação e local.
Cerca de 20 micróbios estavam presentes nos corpos, uma mistura de fungos e bactérias geralmente ausentes nos seres humanos antes da decomposição. Eles apareciam em períodos bem definidos dentro dos 21 dias de estudo, levando os cientistas a suspeitar que moscas e besouros carniceiros fossem responsáveis pela introdução dos micróbios, talvez os trazendo de outros corpos.
O número de microorganismos aumentaram e diminuíram ao longo do tempo, como ondas — um modelo computacional baseado nos dados coletados levou à possibilidade de calcular o tempo de decomposição em áreas específicas do corpo. Apesar do modelo ter os dados de tempo, local e estação, os micróbios foram o aspecto considerado mais importante pelo computador.
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Esses fatores também geram pequenas variações na comunidade microbiana, mas os tipos de microorganismo continuaram os mesmos. Eles também aparecem em carcaças de suínos, camundongos e bovinos, indicando não serem específicos a humanos. A precisão do método de previsão da morte a partir das bactérias teve uma margem de erro de cerca de três dias.
Os cientistas planejam estudar outros cenários, como o de corpos enterrados ou em ambiente fechado para checar se o padrão se mantém, afinal, no mundo real, corpos precisando de identificação da hora morte raramente são encontrados deitados por aí, como no estudo.
Fonte: Nature Microbiology
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