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A GeForce GTX 1650 é uma das placas de vídeo mais populares do Brasil, integrando alguns dos PCs e notebooks mais vendidos do varejo. Mas 2024 já chegou e em breve essa GPU completará cinco anos desde o seu lançamento em abril de 2019. Porém, a pergunta que fica é: será que ainda vale a pena comprar um notebook com uma GTX 1650 para jogar?
O Canaltech quis saber mais sobre como essa GPU se comporta atualmente e comparou o desempenho do modelo em diferentes jogos, priorizando a resolução Full HD. Contudo, antes de ir para os testes, é preciso dizer que a performance dessa placa varia conforme as configurações gerais de cada notebook, incluindo o tipo do processador e quantidade de memória RAM. Assim, o desempenho desse teste pode ser diferente de outros testes com produtos distintos.
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Como é a GTX 1650?
A GTX 1650 é uma placa de vídeo de entrada lançada pela NVIDIA para equipar notebooks mais acessíveis e ser uma opção pautada no custo-benefício para os desktops. No entanto, a partir de 2020 os notebooks que acompanhavam essa GPU subiram exponencialmente de preço por conta da alta demanda por eletrônicos e os problemas ocasionados pela pandemia da covid-19.
Sobre as especificações técnicas, a GTX 1650 mobile é baseada no chip TU117 e conta com 1.024 shading units, além de uma frequência máxima de 1.560 Mhz e 4 GB de memória VRAM GDDR5. Em outras palavras, essa era uma placa decente no nicho de entrada para 2019, mas que hoje já é teoricamente obsoleta.
Notebook de testes
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Para realizar os testes com a GTX 1650, usamos um Lenovo Ideapad 3i. Esse notebook possui um processador Intel Core i5-10300H de quatro núcleos e oito threads, 256 GB de SSD PCIe M.2 e 16 GB de memória RAM DDR4-2666 em dual-channel (dois pentes de 8 GB).
Inclusive, como perceberemos ao longo dos testes, é imprescindível usar 16 GB de RAM em dual-channel para jogar em 2024. Utilizar 8 GB serve apenas em jogos muito leves, mas inviabiliza completamente a jogatina de games mais novos, derrubando totalmente o desempenho da máquina. Portanto, trate de fazer esse upgrade e tenha em mente que nossos testes já utilizam essa quantidade de memória.
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Testes em games
Indo ao que importa, o desempenho da NVIDIA GeForce GTX 1650 em notebooks atualmente até que é supreendente. A placa roda os games em qualidade baixa e/ou média, geralmente com a taxa de frames travada em 30 FPS na resolução Full HD. Para um modelo de cinco anos atrás, a GPU encara bastante coisa.
Cyberpunk 2077 rodou em configurações médias e ficou jogável com o V-SYNC ligado em 30 quadros. Os gráficos estavam bem interessantes e havia uma fluidez bacana para quem quer apenas jogar e experimentar o título, sem almejar muitos quadros voando na tela.
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Esse padrão se repete em Far Cry 6, que embora não seja exatamente desafiador, tem um amplo mundo aberto. O game pode ser rodado em qualidade média sem problemas em uma faixa muito próxima aos 60 FPS. Talvez desabilitando algumas opções — e sacrificando mais qualidade — a jogatina se estabilize ainda mais.
F1 23 também está situado nessa faixa. O game de corrida roda na qualidade mediana com uma média de 90 FPS, ideal para ter mais fluidez no jogo, mesmo que a maioria dos notebooks com essa placa possuam apenas monitores de 60Hz. Red Dead Redemption 2 é outro que passa de fase e alavanca um gameplay entre a qualidade baixa e média na casa dos 50 FPS, mas com oscilações notáveis. O melhor cenário aqui seria colocar tudo no médio e jogar com 30 FPS travados.
Alan Wake 2 performou de maneira desastrosa nos testes. Nem em qualidade mínima o game conseguiu rodar perto dos 30 FPS, mesmo reduzindo a resolução para 900p, que diminui muito a qualidade gráfica a ainda oscila na jogatina. Simplesmente injogável.
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Upscaling não faz milagres
Se você pensou na possibilidade de usar alguma técnica de upscaling para melhorar a taxa de quadros dos games, temos uma notícia um tanto quando decepcionante. Nos testes utilizando o AMD FidelityFX Super Resolution 1.0 e 2.0 em modo Performance, os ganhos representaram aumentos tímidos na casa dos 6 ou 7 FPS.
O título que mais se beneficiou da tecnologia da AMD foi Cyberpunk, que saiu da seara dos 35 quadros para algo muito mais estável perto dos 60 FPS. Todavia, nem mesmo o upscaling salvou Alan Wake 2, que manteve um desempenho ruim e bem instável.
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Além disso, diminuir a resolução nativa para o 900p ajuda muito pouco. A qualidade cai de forma considerável e o aumento de FPS não é notável. Reduzir até o HD é a última pá de cal na GTX 1650, que nessa alternativa até pode causar gargalos no processador por conta da baixa resolução.
Vale a pena comprar um notebook com GTX 1650 em 2024?
A GTX 1650 em notebooks vale a pena para quem tem um orçamento muito limitado e quer jogar games simples e antigos, ou se contenta em ter uma máquina humilde para rodar alguns jogos mais novos em baixa qualidade. A GTX 1650 em notebooks não vale a pena para jogadores mais exigentes e que se preocupam com performance e qualidade gráfica nos games.
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Por mais que o desempenho até tenha surpreendido, fica nítido que a GTX 1650 está no seu fim de ciclo e não possui mais fôlego para aguentar os novos e futuros lançamentos da indústria de games. Em contrapartida, notebooks com essa GPU podem ser interessantes para designers iniciantes, editores de vídeo, estudantes de arquitetura e demais profissionais que precisam de uma máquina mais parruda, mas que não pretendem trabalhar em projetos muito elaborados.
A placa empurra uma jogatina em qualidade baixa e/ou média a 30 FPS em alguns jogos, mas simplesmente é incapaz de rodar títulos mais novos, como Alan Wake 2. É inviável recomendar notebooks com a GTX 1650 se o propósito do usuário é jogar com foco em qualidade gráfica.
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