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Falar que Final Fantasy 7 Rebirth é o jogo mais esperado de 2024 é chover no molhado, principalmente por conta da recepção da primeira parte do remake do RPG da Square Enix. Só que a conclusão dessa primeira parte deixou todos os fãs bastante curiosos em relação a como a sequência seria apresentada.
Teríamos algo ainda muito próximo do que vimos no game de 1997, com pequenas mudanças e belos gráficos, ou uma aventura completamente nova, como Aerith dá a entender pela liberdade que os personagens agora têm em decidir o seu destino?
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O Canaltech foi até Los Angeles a convite da Square Enix para jogar os dois primeiros capítulos do game e saber exatamente o que Naoki Hamaguchi e o produtor Yoshinori Kitase, presentes no evento, prepararam para os fãs do game.
“Eu fui criado assim?”
A demo que tivemos acesso, e que deve ser bastante similar à que foi liberada na PSN logo após o State of Play exclusivo de Final Fantasy 7 Rebirth, mostra o flashback de Cloud em Nibelheim. Contando a história para seus companheiros, escondidos em um hotel na cidade de Kalm após os acontecimentos do primeiro jogo, o herói revela que foi até lá com Sephiroth em uma missão.
No flashback, que permite que o personagem, que ainda não era um vilão, mostre todo o seu poder ao fazer parte de sua party, é possível notar um trabalho interessante em dar um pouco mais de personalidade a Sephiroth.
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Em praticamente todo o Final Fantasy 7 original, o vilão era de poucas palavras, causando um impacto nos jogadores muito mais por sua história e visual do que pela sua personalidade. Em poucas cenas, é possível dizer que o Sephiroth antes de se voltar contra tudo e todos era um cara legal. Para quem não tinha tanta familiaridade com Crisis Core: Final Fantasy 7 e lembrava do personagem muito mais pelo game original, foi uma grata surpresa.
A cidade de Nibelheim parece bem mais impressionante visualmente e o reencontro entre Cloud e Tifa é muito legal. Toda a sequência da escalada até o reator, os segredos descobertos lá e até mesmo a cena com Sephiroth procurando por informações na biblioteca dentro da Mansão Shinra são iguais aos do jogo original.
Todo esse primeiro capítulo é bastante linear e segue muito de perto o que foi feito no game de 1997. Confesso que quando o projeto do remake foi anunciado, pensei que a Square Enix realizaria uma transposição quase 1/1 do que acontecia no original para a engine nova, com melhorias gráficas. Felizmente, estava errado e várias mudanças foram feitas e que tornaram a primeira parte bem interessante.
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Porém, esse primeiro capítulo de Rebirth é exatamente o que eu achava que aconteceria com esse projeto, não apresentando praticamente nada de novo e só mostrando aquilo que conhecia da versão de PS1, mas muito mais bonito.
Achei até um pouco estranho como tudo era tão linear e sem grandes revelações que me pareceu uma oportunidade perdida até mesmo como um tutorial para aqueles que não jogaram a primeira parte do remake ou gostaria de relembrar os comandos. Valeu mesmo somente para ver o Sephiroth por poucos minutos sendo mais legal.
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Quando o jogo realmente começa
A demo parece realmente engrenar a partir do momento em que passamos para o capítulo dois, que se inicia em Kalm, muito maior que uma pracinha do jogo original. É ali que vemos uma novidade no gameplay do jogo, que inclui uma espécie de elo de relacionamentos entre os personagens, uma mecânica, que lembra o Social Link da franquia Persona.
Realizando algumas atividades com os personagens, que podem ser diálogos ou simples atividades como acompanhar alguém até algum local, é possível fazer com que o relacionamento entre eles e Cloud fique mais forte. Através dessa mecânica, são destravadas habilidades de sinergia em combate. Trabalhando mais ou menos como uma forma de Limit Break entre dois personagens, você pode usar esse elo para causar dano diferenciado, entre outras habilidades.
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É possível destravar mais habilidades através de uma árvore de evolução de skills, acessível no menu do game, que foi totalmente retrabalhado. Essa ideia é explorada de maneira bastante superficial no primeiro capítulo, entre Cloud e Sephiroth, mas fica mais fácil de entender a partir da segunda parte, já que você tem mais tempo para experimentar mais com essas habilidades.
Outra mudança é o uso de “Folios”, ou livros de skills que destravam novos poderes conforme você avança. Trocando pontos especiais, esses livros trazem diversas possibilidades para os personagens, indo além das Matérias, que obviamente ainda estão presentes no game.
Dentro de Kalm, você também tem algumas novidades apresentadas, como a possibilidade de trabalhar com a transmutação de materiais, criando itens consumíveis e até mesmo equipamentos. A cada novo tipo de item criado, você ganha experiência para criar itens melhores. Achei a forma como esse sistema funciona bem simples e intuitiva, provavelmente se tornando bem útil no decorrer do jogo.
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Cartinhas para se divertir
Ainda na cidade de Kalm, o jogador é apresentado a um novo minigame chamado Queen’s Blood. Basicamente, ele é um jogo de cartas similar a outros deckbuilders disponíveis no mercado, como Marvel Snap e Gwent. Com um gameplay relativamente simples, você deve baixar cartas que adicionam pontos a uma fileira.
Seu objetivo é ter mais pontos que a fileira do seu oponente. Quem vencer pelo menos duas fileiras, acumulando mais pontos, ganha. As regras lembraram bastante Marvel Snap, e apesar do pouco tempo com o minigame, parece ser uma boa adição ao game.
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Um mundo para explorar, mas nem tanto
O segundo capítulo de Final Fantasy 7 Rebirth realmente mostra o potencial do jogo ao colocar Cloud e sua party em um mundo aberto. A parte disponível na demo conta com a fazenda de Chocobos e um trecho do mapa para explorar.
Durante o evento em que pudemos testar a demo, o tempo para fuçar em todo o mapa era bem escasso, algo que me pareceu um pouco estranho, vide que todos precisaram passar pelo primeiro capítulo, que não apresentava nenhuma novidade, enquanto aquilo que poderia ser de fato mais esmiuçado ficou corrido.
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Porém, ainda foi possível conhecer um pouco da região disponível, que ainda segue os passos do jogo original, mas com um pouco mais de liberdade. Um retorno inesperado é o de Chadley, funcionário da Shinra que pesquisa matérias e responsável por liberar novos Summons para a sua equipe.
Fugindo de Midgar, ele agora quer explorar o mundo e pede ajuda para Cloud. Existem torres da Shinra espalhadas pelo mapa, que podem ser reativadas, mostrando atividades nos arredores. Sim, de certa forma, as famigeradas torres de jogos da Ubisoft que influenciaram tantos outros jogos também mostram o seu poder na nova parte do remake de Final Fantasy 7.
Esse segundo capítulo conta com algumas side quests, levando até uma luta com um chefe, uma gigantesca cobra que será lembrada por aqueles que jogaram o game original. Ela é apresentada de uma forma diferente, que coloca o grupo diretamente contra ela antes de avançarem para o terceiro capítulo e final da demo.
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Ainda sem respostas
A prévia de Final Fantasy 7 Rebirth é legal para notarmos que aquilo que funcionou na primeira parte está de volta de forma refinada. Algumas adições interessantes nos combates, como as habilidades de sinergia, me agradaram bastante nessa demo, mas outros elementos, como os Folios para destravar mais habilidades, me parecem algo que você precisa de um pouco mais de tempo para se habituar.
Uma coisa que me deixou um pouco incomodado é o quanto tudo parece bastante linear. O primeiro capítulo segue demais um roteiro, mas no segundo, que teria como grande atrativo o mundo aberto, com mais missões e uma abertura para que você pudesse explorar mais, parece restritivo.
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O cenário é enorme, mas o jogo não oferece tantas coisas assim para você se desviar do caminho desejado pelos desenvolvedores. Talvez isso seja apenas algo que esteja presente na demonstração, mas foi uma sensação que me incomodou um pouco.
Durante toda a apresentação da demonstração para a imprensa, o tom de segredo era compreensível, mas tudo o que foi apresentado não fugiu muito do que era esperado por quem jogou a primeira parte do remake.
Perguntas sobre o destino de personagens, como Aerith e Zack, foram respondidas com “não sabemos” ou “não podemos falar nada sobre isso”. A apresentação em si nem mostrou Zack, personagem que deve aparecer bem mais no jogo final.
Convenhamos que, a pouco mais de um mês do lançamento do game, faz bastante sentido ainda manter algumas surpresas. Só que ao mostrar somente o absolutamente esperado depois da primeira parte do Remake, fica uma sensação de “E agora?”.
Nós saberemos em breve, pois Final Fantasy 7 Rebirth será lançado no dia 29 de fevereiro para PS5.
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