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Pela 1ª vez ex-jogador de futebol se pronuncia sobre o caso; segundo o ex-atleta, relação com a vítima foi “rápida e superficial”
O ex-jogador de futebol Robinho, 40 anos, falou pela 1ª vez sobre sua condenação por estupro na Itália. Em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, o ex-atleta disse que foi condenado injustamente pela Justiça italiana. Apresentou documentos, que segundo o ex-jogador, garantem que se trata de uma acusação falsa.
Durante a entrevista com a apresentadora Caroline Ferraz, Robinho assumiu que teve relações sexuais com a mulher que o acusa de estupro, mas minimizou o episódio e disse que a relação foi consensual, além de “rápida e superficial”.
Para se defender da acusação, Robinho mostrou 2 documentos que supostamente contradizem os argumentos da mulher que o acusou. O 1º documento é um exame toxicológico que diz que a mulher apresentava “mudanças motoras e emocionais leves” devido ao álcool.
Segundo o ex-atleta, a mulher não estava bêbada e consentiu a relação que teve com Robinho e com outras pessoas que estavam na boate em Milão, onde o caso ocorreu.
O 2º documento mostrado por Robinho mostra que a polícia não foi capaz de encontrar o sêmen do ex-jogador na roupa da mulher. “Eu fui injustiçado e as provas estão aí que mostram isso”, declarou Robinho.
O ex-atleta também disse que sua condenação foi motivada por racismo. Robinho declarou que muitos jogadores negros na Itália sofriam racismo e que isso se refletiu em sua condenação. “O negro sem voz, sem falar nada, se o meu caso fosse com um branco teria sido diferente”, disse Robinho.
A entrevista mostrou trechos de conversas entre Robinho e amigos onde o ex-jogador afirma que a mulher estava bêbada e não se mostrava preocupado com a repercussão do episódio.
“Não estou nem aí, a menina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem eu sou”, mostrou um dos prints exibidos durante a entrevista.
Robinho disse que as conversas foram tiradas de contexto e que ele não estava conversando com amigos próximos, mas sim com pessoas que tentaram extorqui-lo. Robinho mostrou um documento que dizia que a mulher pedia um pagamento de 60.000 euros de Robinho.
A Record entrou em contato com o advogado da mulher que acusou Robinho e ele aceitou participar da entrevista. Segundo o advogado, esse valor foi solicitado pela Justiça italiana para ressarcimento de danos morais. O advogado explicou que em casos de estupro os tribunais italianos não permitem que sejam feitos acordos para retirada das queixas.
Entenda o caso
Investigações da Justiça italiana indicam que, em 2013, Robinho e 5 amigos teriam embriagado uma jovem albanesa de 23 anos em uma boate em Milão, na Itália. A jovem teria sido estuprada coletivamente pelos 6.
Em 2017, Robinho foi condenado em 1ª Instância, no Tribunal de Milão, por violência sexual. Na época do caso, o jogador tinha contrato com o Milan, clube de futebol italiano. O Tribunal de Apelação de Milão confirmou a condenação em 2020.
Em janeiro de 2022, a Corte de Cassação da Itália negou os recursos apresentados pela defesa do jogador. Por ser o órgão máximo da Justiça italiana, não há possibilidade de reverter a decisão.
O STJ (Supremo Tribunal de Justiça) marcou para 4ª feira (20.mar) o julgamento do pedido para que o ex-jogador cumpra sua pena no Brasil.
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