Pacientes da UBS 1 de Águas Claras produzem repelentes naturais

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O Terraterapia busca promover atividades de convivência para a população, buscando o bem-estar e atividades para a saúde mental

Um projeto da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Águas Claras, conhecido como Terraterapia, promove a participação dos pacientes na produção e distribuição de difusores repelentes do mosquito transmissor da dengue. Durante a semana, os difusores foram distribuídos à população do Areal, com foco na entrega para as gestantes da região.

O Terraterapia busca promover atividades de convivência para a população, buscando o bem-estar e atividades para a saúde mental. O projeto inclui uma horta, com plantações de hortaliças e fitoterápicos, que são distribuídos entre os integrantes do grupo. Um dos plantios realizados na UBS 1 foi o de capim citronela, que resultou na produção de difusores e aromatizadores de ar que atuam como repelentes naturais do mosquito Aedes aegypti.

Conforme a gerente da UBS 1 de Águas Claras, Joanna Lima Costa, a iniciativa é muito importante e útil para a população mais vulnerável, pois a produção é realizada pelos pacientes e para os próprios usuários. “Nós realizamos a fabricação desses repelentes com a nossa equipe, composta por farmacêuticos, nutricionistas e assistente social. É um repelente natural de insetos e, desta maneira, é seguro, inclusive, para as gestantes”, ressalta.

Na última semana, os repelentes naturais foram entregues a algumas gestantes e usuários da UBS 2 de Águas Claras, localizada no Areal. Sarah Martins, 22 anos, grávida de 34 semanas, elogiou a iniciativa, pois está receosa com o aumento dos casos de dengue no Distrito Federal. “Achei bem interessante, principalmente para nós, grávidas em reta final, que ficamos muito suscetíveis”, conta.

Sarah Martins, gestante de 34 semanas, recebeu um dos difusores. Em sua residência, a mãe teve o diagnóstico positivo para dengue

De acordo com a assistente social e uma das supervisoras do grupo Joyce de Oliveira, um dos pilares do Terraterapia é a promoção do protagonismo do usuário. “O paciente planta, colhe, prepara o difusor e leva para casa, se protegendo de doenças como a dengue”, explica. Agora, de acordo com a profissional, o próximo passo será a realização de oficinas para que os pacientes levem mudas e realizem a produção em casa.

Francisca Bruna Moraes, 24 anos, gestante de 24 semanas, não conhecia o poder de atuação do capim citronela contra o mosquito da dengue. “Não conhecia o potencial da planta e passarei a usar a partir de agora”, relata.

A oficina de Terraterapia é realizada na horta da UBS 1 de Águas Claras, todas às quintas-feiras, a partir das 9h. A atividade é aberta ao público. Nesta quinta-feira (1), será realizada mais uma produção de difusores.


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Preparo do difusor

Francisca Bruna Moraes, gestante de 24 semanas, não conhecia o poder de atuação do capim citronela contra o mosquito da dengue
De acordo com a farmacêutica da UBS 1, Tatiana Borges, para realizar o preparo do difusor é preciso colher as folhas de capim citronela, de preferência pela manhã, antes das 9h, período em que o óleo essencial está mais concentrado. “Em seguida, cortamos as folhas em pequenos pedaços, de dois centímetros cada. As folhas precisam ser depositadas em um recipiente de vidro âmbar, de boca larga e tampa de plástico. Caso seja transparente, o vidro pode ser envolvido com papelão alumínio ou papel pardo”, orienta a profissional.

Depois, é depositado o etanol de 70% INPM ou superior até cobrir todas as folhas. A mistura precisa ficar armazenada por sete dias, em um processo chamado maceração. Diariamente, é necessário agitar o recipiente, para que as partículas se movimentem. Após os sete dias, a mistura precisa ser filtrada e envasada para, então, estar pronta para o uso. Mais detalhes sobre o preparo aqui.

*Com informações da Agência Brasília


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